quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Homem Do Mundo

Eu sou as ruas que testemunham a descriminação,
Sou a arma fatal, a carta bomba enviada para o ladrão.
Eu sou o beco escuro onde se escondem muitos
Que por detrás do muro querem no alto da nuvem estar
Sou a trovoada, o vento forte, o temporal,
Sou o barco lento que naufragou por não saber navegar.
Eu sou o principal, sou você, sou eles, sou aqueles.
Sou o castigo para o mundo,
Sou o que veio pra ficar, e que não para de ganhar traição!
Sou um crime sem perfeição que deixa desespero por falta de atenção.
Sou a raiva sem compaixão
Posso ser a terra e o mar, o ar, a chuva e o sol.
Mas sou a água suja que parou de te regar.
Posso ser a cama que tu deitas, o traje que te veste.
Ou até mesmo o batom de tua boca doce!
Mas sou a peste que invadiu e estragou o seu precioso amor.
Eu poderia ser a lua,
Noite que de bela não tem nada!
Mas sou a estrela solitária que parou de brilhar.
Sou a seringa usada e com o vírus da HIV.
Sou a caça fugindo do caçador,
A doença sem cura.
Sinto uma dor no coração,
E já não sei dizer se ainda estou vivo ou não.
Sou um homem caído ao chão
E ninguém há de me levantar
Sou alguém que quer amar sem sofrer por amor.
Sou o regresso da espaçonave deserta,
Sou o que nela desperta antes de todos.
Eu sou o homem do mundo,
Sou o mundo,
Sou tudo que é imundo,
Sou o que não sabe mais nada!
Não sei mais quem sou,
Se realmente sou isso tudo!


Gusto e Tati

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