terça-feira, 27 de março de 2007

O Espelho


A vida corre com a força do vento.
O vento é lento e percorre o litoral.
O litoral é surdo, mudo, e tenso.
E lá em cima cai a chuva que apagou o sol.
Há vezes que a morte é um alívio.
O silêncio castiga a vida temos.
O sol clareava o que restava da morada.
E a natureza á muito tempo é castigada.
A sombra esconde a pessoa magoada.
O temporal que passa leva o mal.
A lua é linda, mas fica fora do mundo.
O amor é cego, mas enxerga no escuro.
Eu vejo tudo pelo espelho
Você chega e me cumprimenta com um falso beijo.
Eu vejo tudo pelo espelho negro
Você é castigada e mesmo assim não admite seus erros!
Seus erros pra mim são imperdoáveis.
O mal é levado pra fora,
Mas alguém o trouxe de volta.
Acho que não é preciso dizer quem foi!
Você desaparece e é dada como morta.
Ninguém te contou, mas...
Na traição não existe o perdão.
O litoral é surdo, mudo e tenso.
O vento é forte e apaga a chama do meu coração.
Eu via tudo pelo espelho
Você o rabiscou e deixou a marca de um beijo.
Não vejo mais nada pelo espelho negro
Você o quebrou e se cortou,
Sangrou na minha frente demonstrando uma prova de amor.
Você chorou e me contou a verdade.
A verdade dói!
Você se machucou novamente.
Pediu-me perdão!
Não perdôo.
Mas alivio a sua dor,
Com a mesma demonstração de amor que você me fez.

O vento é forte,
O vento é calmo,
Cura nossos cortes.

Gusto

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